9 de fevereiro de 2012

LEONEL BRIZOLA - A LEGALIDADE E OUTROS PENSAMENTOS CONCLUSIVOS

LEONEL BRIZOLA - A LEGALIDADE E OUTROS PENSAMENTOS CONCLUSIVOS





Aconteceu dia 08 de janeiro de 2012 às 19 horas na Câmara Municipal de Niterói - RJ, à Av. Ernani do Amaral Peixoto, 625 - Centro. O lançamento do livro "A Legalidade e Outros Pensamentos Conclusivos". O livro nos conta a trejetória de um dos mais brilhantes políticos da atualidade o saudoso Leonel Brizola.

O mesmo foi organizado integralmente  por  Osvaldo Maneschy, Apio Gomes, Paulo Becker e Madalena Sapucaia. O lançamento contou com presença de muitas personalidades do mundo jornalístico-literário fluminense. 

No livro, o herdeiro do trabalhismo dá em primeira pessoa a sua opinião sobre diversos temas políticos atuais, através de transcrições de suas falas recolhidas ao longo dos anos pelos os jornalistas Maneschy, Apio, Paulo e Madalena.

A primeira parte da obra, é totalmente dedicada ao movimento da "Legalidade", movimento esse iniciado em 1961 e liderado por Leonel Brizola a partir do Rio Grande do Sul, que uniu o Brasil e derrotou os golpistas que tentaram impedir a posse de João Gourlart,  episódio esse do qual Brizola tirou uma grande lição. A Cadeia da Legalidade a partir da encampação pelo governo gaúcho da Rádio Guaíba, reuniu espontaneamente mais de 100 emissoras de rádios, encurralando os militares golpistas na opinião pública nacional, majoritoriamente contra o golpe, mas do episódio Brizola cultivou grande frustação a ponto de dizer em 2001, na frase conclusiva de sua vida: " Na Legalidade, perdemos uma chance que a História nos deu de bendeja". Brizola queria enfrentar os militares golpistas e fechar o Congresso Nacional convocando logo em seguida uma Constituinte, Mas Jango conciliou e veio o golpe de 1964.

Um CD com 06 faixas com depoimentos inéditos de Brizola acompanha o livro, onde uma parte dos fatos relecionados à Legalidade é narrada por ele.  

"Eu recomendo que vale a pena conferir, diz: o poeta Alberto Araújo mediador do portal cultural  Focus".

Na segunda parte há uma reedição do livro originalmente publicado em 1994 com o título "Com a palavra, Leonel Brizola" .

O prefácio é assinado pelo jornalista Paulo Henrique Amorim. O livro está disponível ao público através da loja online de Editora Nitpress, no endereço: www.nitpress.com.br

 A obra é parte de um projeto maior voltado à preservação das palavras de Leonel Brizola que desdobrará em um novo livro em breve,  segundo informações Manesquiana. O Portal Focus esteve presente ao grandioso evento cultural fluminense e trouxe na íntegra todos os momentos registrados em fotos memoráveis. Confira.


Capa do Livro
"Leonel Brizola - A Legalidade e outros pensamentos conclusivos"

Contra-capa do livro
"Leonel Brizola - A Legalidade e outros pensamentos conclusivos"


Leonel Brizola


Leonel de Moura Brizola -  Nasceu no povoado Cruzinha em 22 de janeiro de 1922 — faleceu no Rio de Janeiro em 21 de junho de 2004.  
Foi um grande político brasileiro. Lançado na vida pública por Getúlio Vargas foi o único político eleito pelo povo para governar dois estados diferentes (Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro) em toda a História do Brasil. Exerceu também a presidência de honra da Internacional Socialista.
Nascido no vilarejo de Cruzinha, hoje interior de Carazinho, então pertencente ao município de Passo Fundo, era filho de camponeses migrados de Sorocaba. Batizado como Itagiba de Moura Brizola, cedo adotou o nome de um líder maragato da Revolução de 1923, Leonel Rocha.
Foi prefeito de Porto Alegre, deputado estadual e governador do Rio Grande do Sul, deputado federal pelo Rio Grande do Sul e pelo extinto estado da Guanabara, e duas vezes governador do Rio de Janeiro.
Sua influência política no Brasil durou aproximadamente cinquenta anos, inclusive enquanto exilado pelo Golpe de 1964, contra o qual foi um dos líderes da resistência.
A vida política de Brizola pode ser dividida em três fases: antes do Golpe de 1964, vida no exílio e pós-anistia.

Vida política antes do Golpe de 1964

 Ingressou na política partidária no antigo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), tendo assumido sua primeira candidatura a cargo eletivo por recomendação pessoal de Getúlio Vargas – seu padrinho de casamento. Foi eleito deputado estadual às 38ª e 39ª Legislaturas da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, de 1947 a 1955.

Casado com Neusa Goulart, irmã do ex-presidente João Goulart, com ela teve 3 filhos: Neusa, José Vicente e Otávio. Exerceu considerável influência política durante o mandato de seu cunhado. Alguns historiadores citam que Brizola, por muito tempo, pressionava Goulart para ser nomeado Ministro da Fazenda, e que suas pretensões eleitorais para com uma Reforma Agrária (bem como de outros líderes da esquerda, como Miguel Arraes) tenham sido um dos injetores do Golpe de 1964, provocado pelos militares e setores conservadores da sociedade. Brizola não se fartava de usar a frase "Cunhado não é parente, Brizola pra presidente" como slogan pré-eleitoral (na época, havia lei que impedia que parentes do presidente concorressem à sua sucessão). Pesquisas eleitorais visando o não realizado pleito presidencial de 1965 apontavam Brizola como um dos 3 candidatos com reais chances de vitória, ao lado de Juscelino Kubitschek e Carlos Lacerda, os dois primeiros não agradando nem aos Estados Unidos da América nem às oligarquias brasileiras.

A renúncia de Jânio Quadros

 Brizola era governador do Rio Grande do Sul quando da renúncia do presidente Jânio Quadros, em agosto de 1961. Foi ele quem comandou a resistência civil às pretensões golpistas dos militares e segmentos conservadores e oligárquicos da classe política de impedir a posse do vice-presidente constitucionalmente reeleito, pelo voto legítimo popular, João Goulart, ocasião em que corajosamente deflagrou a chamada "Campanha da Legalidade".
Em 1962 Brizola se elege deputado federal pelo extinto estado da Guanabara pela sigla do PTB. Recebeu a maior votação no país até aquela data, com um total de 269 mil votos.
Como deputado federal, Brizola passou a viajar pelo país promovendo debates e conferências. Numa destas conferências, em Belo Horizonte, foi impedido de falar por um grupo de senhoras religiosas orientadas por setores conservadores o que o levou a sugerir que a democracia não se acovardaria frente a rosários, causando certo mal estar num país de maioria católica.

O governo Jango

Durante o mandato na Câmara Federal, Brizola lutou para que o governo Jango adotasse as Reformas de Base, que tocavam em temas que seriam símbolo da carreira política (como a limitação da remessa de lucros ao exterior e a Reforma Agrária). Estes temas incomodavam os latifundiários e os norte-americanos. Tornou-se um dos líderes da Frente de Mobilização Popular.
Em 1963, Brizola conclamou a população a se organizar em grupos de onze pessoas, movimento que ficou conhecido como "grupos dos 11", para pressionar o governo a realizar mais rapidamente as Reformas de Base. Naquele tempo Brizola e outros grupos de esquerda estavam afastados do presidente, por julgar que Jango tentava conciliar demais com as forças conservadoras.
No ano de 1964, o Brasil presenciou o ponto culminante da radicalização ideológica entre esquerda e direita. Era tido como esquerdistas políticos pró-Jango, setores legalistas do alto-comando das Forças Armadas, ala progressista da Igreja Católica. Militares de baixa patente (cabos e sargentos) e estudantes de universidades adeptos das Reformas de Base também se somavam a esse grupo. Os líderes de maior expressão da esquerda, além de Jango e Brizola, eram Miguel Arraes e Francisco Julião. Para a direita convergiam políticos antijanguistas, setores não-legalistas do alto comando militar, núcleos conservadores da Igreja, banqueiros, grande empresariado urbano e rural e estudantes de alta classe social, contrários às reformas. As lideranças de maior destaque deste grupo eram Carlos Lacerda, Magalhães Pinto e Ademar de Barros.
No dia 13 de março, Jango promoveu um grande comício em frente a Central do Brasil, que ficou conhecido como Comício das Reformas ou Comício da Central, no Rio de Janeiro, onde Brizola fez um discurso inflamado que acusava o Congresso de ir contra as aspirações populares, pedindo uma Assembléia Constituinte.
Nessa época, Brizola assustava os conservadores devido ao radicalismo das propostas. Era a farsa do perigo comunista, anunciado pelos que temiam um autogolpe de Jango que estabeleceria um regime no estilo cubano, alijando do poder as classes até então dominantes e cessando seus privilégios. O cenário mundial favorecia o medo de um "perigo comunista", na medida em que China, Cuba e Vietnã, no contexto da Guerra Fria, passavam por revoluções comunistas e programavam o regime. A mídia norte-americana também ajudava a criar esse clima de "caça às bruxas", pois os Estados Unidos da América temiam um regime socialista no Brasil, considerado por eles como sua área de influência.
Por duas vezes foi candidato a presidente do Brasil pelo PDT, partido que fundou em 1980, não conseguindo ser eleito. Morreu aos 82 anos de idade, vitimado por problemas cardíacos.

Osvaldo Maneschy - organziador do livro



Osvaldo Maneschy -É jornalista, trabalhou nos dois governos de Brizola no Rio de Janeiro, sendo Subsecretário de Imprensa no segundo. Formado pela UFF, trabalhou mais de 20 anos nas redações de "O Globo", "Jornal do Brasil", e "Rádio JB" e "A Tribuna" de Niterói, entre outras. Filiado ao PDT desde 1981, dirige a Fundação Leonel Brizola - Alberto Pasqualini - RJ.

APIO GOMES - organizador do Livro


Apio Gomes - É jornalista, integrou a diretoria da União Nacional de Estudantes de Agrotécnica (1961 - 1963). Trabalhou nos dois governos de Leonel Brizola; e na Riotur, na gestão de Wagner Teixeira. Sistematizou os "Tijolaços" publicados entre 1984 e 1998.


O livro Leonel Brizola, a Legalidade e outros pensamentos conclusivos, ainda conta com outros oranizadores: 

Paulo Becker: Mestre em Filosofia pela PUC-RJ. Quando viu os tanques na rua em 1964 e sua irmã ser sequestrada dentro de casa e torturada por uma semana, em 1968, aprendeu a importância da política

Madalena Sapucaia: A política e a psicanalise sempre foram os pontos de apoio e reflexão na condução de sua vida. A participação no livro lhe deu grande orgulho em poder deixar a palavra de Leonel Brizola para as futuras gerações.


Na sequência veja as imagens do grandioso evento, o lançamento do livro "Leonel Brizola - A legalidade e outros pensamentos conclusivos"

















Banner da Editora Nitpress dos proprietários
Luiz e Márcia Erthal


NITPRESS - EDITORA
Tel: (21) 2618-2972 Fax: (21) 2618-3828
Rua Santa Clara, 76 - Ponta d'Areia
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e-mail - nitpress@nitpress.com.br    
site:   www.nitpress.com.br  





Alexandra esposa do Maneschy, esteve presente
e deu a maior força ao esposo. Valeu Alexandra!



Maneschy sendo entrevistado para o jornal "O Terminal"
pela jornalista Gisele Azevêdo.



























Márcia Erthal
proprietária da editora Nitpress



















Maneschy e Gentil Lima



Valéria - a proprietária do Buffet Precioso





Luiz Erthal - Jornalista e propietário da Editora Nitpress
  e Luis Antônio Pimentel - Escritor
duas grandes personalidades do mundo literário fluminense





Andréa Rangel (filha de Maneschy) e seu esposo Bryan
aqui estão lendo o livro sobre Leonel Brizola









Alberto Araújo - recebendo autógrafo do Maneschy

Alberto Araújo - recebendo autógrado do Apio Gomes



Câmara Municipal de Niterói-RJ
local onde foi realizado o eventodo livro
"Leonel Brizola - A legalidade e outros pensamentos conclusivos"

CÂMARA MUNICIPAL DE NITERÓI-RJ


Câmara Municipal de Niterói - É o órgão legislativo do município de Niterói - RJ. Instituída em 11 de agosto de 1819, é atualmente composta por 18 vereadores. Está instalado onde outrora funcionava entre 1917 a 1975 o palácio da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, compondo o conjunto arquitetônico cívico-cultural da Praça da República no Centro de Niterói, ex-capital do estado do Rio de Janeiro. Foi projetada pelo arquiteto Heitor de Melo e construída pelo arquiteto Pedro Campofiorito. Além do grande valor histórico e estético, o prédio abriga o arquivo público e exposições.

Através de Alvará Régio de 10 de maio de 1819, o rei Dom João VI determina elevação da então povoação de São Domingos da Praia Grande e suas freguesias vizinhas à condição de vila sob o nome de Vila Real da Praia Grande. No mesmo alvará, Dom João determina que a Câmara tenha um juiz de fora, três vereadores e um procurador. Nesta época o presidente da Câmara Municipal era o responsável pelas funções executivas de uma vila ou cidade.

No mesmo ano, em 11 de agosto, ergueu-se o Pelourinho, de madeira, símbolo de autonomia da Vila, e tomaram posse o primeiro juiz-de-fora e presidente da câmara, José Clemente Pereira, nomeado pelo Rei, os vereadores escolhidos Pedro Henrique da Cunha, João Moura Brito, Quintiliano Ribeiro de Magalhães e o primeiro procurador, o major Francisco Faria Homem.

As primeiras reuniões da Câmara Municipal de Niterói foram realizadas na Casa de D. Helena Casimiro, onde atualmente funciona o Hospital Santa Cruz na atual rua Dr. Celestino, no Centro da cidade. Em 1820, a Câmara encaminha ao Rei o plano de arruamento da vila, indicando o local de edificação da Casa da Câmara e Cadeia, no Jardim São João.

Alguns anos depois, em 1835, a Vila Real da Praia Grande é elevada à condição de cidade com o nome de Nichteroy e é instituída como capital da então província do Rio de Janeiro.

Uma reforma constitucional realizada em 1903 modifica a organização administrativa das cidades brasileiras. Em 4 de janeiro de 1904 é criada a Prefeitura Municipal de Niterói, que passa a exercer o Poder Executivo, ficando delegada à Câmara de Vereadores a função legislativa do município.

Nas primeiras décadas do Séc. XX, grandes obras de reformulação urbana são realizadas em Niterói. Em 1913, por determinação do prefeito Feliciano Sodré, a antiga Casa de Câmara e Cadeia é demolida e em seu lugar é construído o novo Paço Municipal, um palacete de arquitetura eclética com projeto do engenheiro militar Vilanova Machadoque. O novo prédio abriga tanto a Câmara quanto a Prefeitura até a inauguração do Palácio Araribóia, em 1910, como sede do ramo executivo.

Em 1975 ocorre a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro e Niterói deixa de ser a capital. Com a transferência das instituições de governo para a nova capital – a cidade do Rio de Janeiro – a Câmara Municipal instala-se no prédio que abrigava a Assembléia Legislativa, local onde funciona desde então.





Alberto Araújo - mediador do PORTAL FOCUS



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